Os vereadores Elder Monteiro de Morais, Adelino Barbosa Rocha, Jairo Fraga Teixeira e Wemerson Azevedo em reuniões da Câmara, lembraram a população e administração municipal sobre os perigos de uma epidemia de dengue em Várzea da Palma, distrito de Guaicui e outras comunidades.
Elder lembrou a necessidade de formação de equipes de limpeza, capina em vias públicas, lotes vagos, e contratação de agentes de saúde para visita às residências, a fim de eliminar possíveis focos de reprodução do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença.
Adelino Barbosa Rocha disse que a doença vem evoluindo e agora já apareceu o Tipo 4, que é mais perigosa que os tipos conhecidos até agora, ou seja a dengue clássica e a dengue hemorrágica.
Segundo especialistas, a Dengue tipo 4 não é mais perigosa que as outras, a questão é que as pessoas não possuem imunidade para este novo tipo da doença e os efeitos podem ser imprevisíveis, podendo causar óbitos. Entretanto, ainda não se tem notícia deste tipo de dengue no Brasil.
O mosquito também evoluiu. Anteriormente se reproduzia em águas limpas, agora se reproduz em qualquer tipo de água, até em esgotos e água suja, tornando-se um risco maior à saúde da população.
Wemerson lembrou ao Secretário de Saúde Pastor Roberto para que faça prevenções contra a dengue para que Várzea da Palma possa ficar livre da doença neste verão, período chuvoso, propício para a proliferação do mosquito.
Não se precisa andar muito em Várzea da Palma para ver locais de perigo iminentes, como o lago do espelho d’água, já chamado de “piscinão da dengue”, na praça da Estação. Outro local é a vala de escoamento de água ao lado da linha férrea onde corre água diariamente.
André da Barra exortou a população que faça o dever de casa, limpem seus quintais, eliminem água parada, fiscalizem vasos de plantas e não deixem caixas d’água destampadas. Disse também da responsabilidade do Poder Público em realizar ações preventivas.
Mais do que nunca prevalece o dito popular de que é “melhor prevenir do que remediar”.
Formas de apresentação da dengue
A dengue pode se apresentar – clinicamente - de quatro formas diferentes formas:
Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.
Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.
Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas. Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.
Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas. Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
Síndrome de Choque da Dengue
Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
(www.combateadengue.com.br)